Primeiro no Brasil. Agora nos Estados Unidos. O Instagram anunciou que o próximo país a deixar de ver os gostos nas publicações será os Estados Unidos da América. Ainda não há uma data, mas será para breve. Como todos os testes, inicialmente apenas uma porção dos utilizadores vai sentir a diferença. A ideia é começar com uma pequena amostra de utilizadores e depois expandir para todos.

Fica a dúvida de quando chegará à Europa. Para já, os testes decorrem apenas no continente americano.

O que significa esta medida?

Esta alteração na rede social tem sido motivo de discórdia. Há quem aplauda a iniciativa, mas também há quem não a tenha recibo bem. Para contextualizar, o que está aqui em causa não se trata de perder o acesso às estatísticas da nossa conta. Eu consigo ver os meus gostos, interações, comentários, etc. Porém, deixo de ver quantos gostos tem uma foto de uma pessoa que eu sigo.

O Instagram quer retirar “pressão” à rede social, quer que as pessoas utilizem a rede de uma forma positiva e que esta não lhes traga ansiedade. A ideia é que os utilizadores não sintam necessidade de se estarem sempre a comparar com os outros, competindo pelo número de gostos nos conteúdos que publicam.

Os influenciadores podem ser prejudicados?

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Bem, sim e não. O Brasil já deixou de ver os likes há algum tempo e as opiniões variam. Há influenciadores que dizem que não faz diferença, porque eles continuam a ter acesso às suas estatísticas e basta-lhes mostrar esses dados às marcas para continuarem a ter relevância. Há outros que não apoiam esta medida; sentem que estão a perder oportunidades já que as marcas não conseguem ver os seus resultados.

E, na minha opinião, eles têm alguma razão. Se eu sou uma micro influenciadora, em crescimento, mas os outros não conseguem ver os meus números, como sabem que estou a crescer? As obras têm que ser vistas para serem reconhecidas. E é aqui que surge a complicação.

Então, esta medida pode mudar a forma como utilizamos o Instagram?

Com certeza que sim. Mas não necessariamente para pior. É uma mudança, mas a vida é repleta de mudanças e o ser humano sempre tem sabido adaptar-se a estas mudanças. Qualquer rede social, apesar de grátis, tem propriedade própria. Ou seja, nós podemos ter um perfil no Instagram ou no Facebook, que gerimos conforme entendemos, mas que de um dia para o outro pode mudar, ou acabar. E esse é o risco de não possuirmos um domínio próprio.

Ter um site ou um blog é essencial para quem trabalha no digital

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Como vê, quando trabalhamos com plataformas que não nos pertencem não possuímos poder sobre estas. As alterações são decididas por outros e nós não participamos na tomada de decisão. Somos apenas reactivos e não proactivos. Por outro lado, se tivermos um domínio próprio, um site nosso, podemos decidir conforme pretendemos gerí-lo. Que design adoptar, o que escrever, que imagens colocar e, acima de tudo, como o rentabilizar.

Por isso, utilize sim, as redes sociais no seu negócio, porque são uma forma óptima e gratuita de alcançar um grande número de pessoas. Mas faça-o, utilizando sempre, por base, o seu próprio site!